O Papa adverte sobre os perigos da teologia marxista da libertação e pede superar graves conseqüências

Bento XVI

Bento XVI

 

VATICANO, 05 Dez. 09 / 11:22 am (ACI).- O Papa Bento XVI advertiu sobre os perigos da teologia marxista da libertação e alentou os fiéis a superarem suas graves conseqüências em meio das comunidades eclesiásticas, como a rebelião e o desacordo, à luz da instrução Libertatis nuntius que cumpre 25 anos de publicação e que foi redigida quando ele era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

 

Ao receber ao meio-dia de hoje ao grupo de Bispos do Brasil da região Sul 3 e Sul 4 em visita ad limina, o Santo Padre recordou que “em agosto passado se cumpriram 25 anos da Instrução Libertatis nuntius da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, que sublinha o perigo que comportava a aceitação acrítica, realizada por alguns teólogos, de tese e metodologias provenientes do marxismo”.

 

Bento XVI advertiu, depois de ter refletido sobre o papel das universidades católicas, que as seqüelas da teologia marxista da libertação “mais ou menos visíveis de rebelião, divisão, desacordo, ofensa, anarquia, ainda se fazem sentir, criando em suas comunidades diocesanas um grande sofrimento e grave perda de forças vivas”.

 

Por essa razão, o Santo Padre exortou “aos que de algum modo se sintam atraídos, envolvidos e afetados no íntimo por certos princípios enganosos da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece com mão estendida”.

 

Bento XVI recordou também que “a regra suprema de fé da Igreja provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, em uma reciprocidade tal que não podem subsistir de maneira independente”, como explica na encíclica Fides et Rateio o Papa João Paulo II.

 

“Que no âmbito dos entes e as comunidades eclesiásticas, o perdão devotado e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim às tribulações da querida Igreja que peregrina nas Terras da Santa Cruz”, respirou.

 

 

A Instrução Libertatis nuntius foi publicada em 6 de agosto de 1984, depois da autorização do Papa João Paulo II, para que o então Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, para que procedesse com a publicação.

 

O objetivo da instrução, explica o mesmo texto, é “atrair a atenção dos pastores, dos teólogos e de todos os fiéis, sobre as separações e os riscos de separação, ruinosos para a fé e para a vida cristã, que implicam certas formas de teologia da libertação que recorrem, de modo insuficientemente crítico, a conceitos tomados de diversas correntes do pensamento marxista”.

 

O chamado texto explica “a certeza de que as graves separações ideológicas” da teologia marxista da libertação “conduzem indevidamente a trair a causa dos pobres”. Entre outras coisas, a instrução também adverte que a análise marxista da realidade “arrasta as ‘teologias da libertação’ a aceitar um conjunto de posições incompatíveis com a visão cristã do homem”.

 

ACI Digital

LÓ COMETEU INCESTO COM SUAS FILHAS?

Momento em que a mulher de Ló olha para trás

Momento em que a mulher de Ló olha para trás

Por Emerson de Oliveira

 

Fechou Deus os olhos à embriaguez de Ló e a gerar ele filhos pelas suas próprias filhas?

 

A resposta a esta pergunta precisa ser obtida à luz do fundo histórico deste incidente e da sua relação com outros textos.

 

Ló e suas duas filhas foram as únicas pessoas a sobreviver à destruição de Sodoma e Gomorra. Depois desta destruição, começaram a residir na cidade de Zoar. Entretanto, por algum motivo, Ló tinha medo de continuar a morar ali, e, junto com as suas filhas, passou a residir numa caverna. (Gên. 19.30) A primogênita disse então à sua irmã mais moça: “Nosso pai já é velho e não há homem no país para ter relações conosco segundo o costume de toda a terra. Vem, demos de beber vinho a nosso pai e deitemo-nos com ele, e preservemos descendência a nosso pai.” — Gên. 19.31, 32.

 

Procurarem embriagar seu pai sugere que se davam conta de que ele nunca teria consentido em ter relações sexuais com elas quando sóbrio. Mas, nas circunstâncias, achavam que era a única maneira de impedir a extinção da família de Ló. Eram estrangeiras na terra e não havia ninguém de seu parentesco com quem se pudessem casar e assim preservar a linhagem da família. Também precisa ser lembrado que as filhas de Ló haviam morado entre os habitantes moralmente degradados de Sodoma. Em vista destes fatores, não lhes teria sido difícil justificar seu proceder na sua própria mente. Então, por que aparece a narrativa nas Escrituras?

 

A narrativa não é apresentada na Bíblia para estimular pensamentos eróticos. Está ali para uma finalidade revelando a relação dos moabitas e dos amonitas com os descendentes de Abraão, que ficaram conhecidos como israelitas. Visto que Ló era sobrinho de Abraão, os israelitas estavam aparentados com os moabitas e os amonitas, que descendiam dos dois filhos gerados por Ló por meio de suas filhas. (Gên. 11.27) Mais tarde, esta relação carnal veio também a governar as ações de Israel nos tratos com os moabitas e os amonitas. Por exemplo, ao se apossarem da terra ao leste do rio Jordão, os israelitas, sob ordens divinas, tiveram cuidado de não invadir as terras dos amonitas e dos moabitas. — Deu. 2.9, 18, 19, 37.

 

Fica qualquer leitor sincero da Bíblia em dúvida quanto à conclusão que se deve tirar desta narrativa a respeito de Ló e suas filhas? Acha ele, talvez, que tal conduta seja aprovada por Deus?

 

É verdade que em Gênesis, capítulo 19, apresentam-se os fatos históricos sem qualquer comentário sobre a aprovação ou desaprovação por parte de Deus do duplo incesto de Ló, no estado de embriaguez. Mas, em partes posteriores do registro bíblico, especifica-se claramente, vez após vez, a condenação da embriaguez por parte de Deus. (Pro. 20.1; 23:20, 21, 29-35; 1 Cor. 6.9, 10) Do mesmo modo, na sua Lei dada a Israel, Deus esclareceu mais tarde sua proibição do incesto, dizendo: “Não vos deveis chegar, nenhum de vós, a qualquer parente carnal que lhe seja chegado, para descobrir a nudez. . . . Não deves descobrir a nudez de teu pai nem a nudez de tua mãe.” (Lev. 18.6, 7) A penalidade pela violação da lei do incesto era a morte. (Lev. 18.29) Embora Ló e suas filhas não estivessem sob a Lei, apercebiam-se, não obstante, da impropriedade de terem relações com seu próprio pai, conforme mostra elas o terem embriagado.

 

Então, por que é Ló chamado “justo”, em 2 Pedro 2.8? Não porque Deus aprovou ele embriagar-se, nem porque Deus aprovou o incesto. Deus não aprova tal conduta. Mas deve ser observado que o registro não diz nada para indicar que Ló era beberrão habitual, nem que se envolveu habitualmente em atos de incesto. Sua reputação era a de um homem “justo”, e ele tinha esta reputação perante Deus, que examina o coração. Ló deplorava as ‘ações contra a lei’ das pessoas de Sodoma. E, evidentemente, para que o Examinador dos corações o considerasse como justo, Ló deve também ter lamentado a conduta errada em que ficou envolvido.

 

A inclusão da informação sobre Ló e suas filhas no registro bíblico deve realmente ajudar-nos a reconhecer que a Bíblia é um livro de verdade. Mesmo quando os conhecidos como servos de Deus ficaram envolvidos em atos impróprios, a Bíblia não os esconde. Entretanto, estas coisas são sempre narradas, não para divertir ou para estimular um desejo de se entregar à conduta imoral, mas para fornecer o fundo histórico para a compreensão de outros acontecimentos.

 

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Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).

 

Para citar este artigo:

 

OLIVEIRA, Emerson de. Apostolado Veritatis Splendor: LÓ COMETEU INCESTO COM SUAS FILHAS?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5717 . Desde 01/06/2009.

TEMPO DE ADVENTO

Dom Jorge Casaretto

Dom Jorge Casaretto

28/11/2009 11.43.46

 

Buenos Aires, 28 nov – O Bispo de São Isidro (Argentina), Dom Jorge Casaretto, convidou os fiéis a viverem o tempo de Advento e Natalcom uma conversão e apostolado renovado, para que “seja o começo de uma nova etapa em nossas comunidades: que as pessoas possam saber que Deus é bom e nos ama, através de nossos gestos concretos de proximidade e amor”.

 

O prelado se referiu assim em uma carta pastoral na qual recordou o documento de Aparecida e assinalou aos fiéis que ser discípulos e missionários “são duas faces de uma mesma moeda”, por isso este tempo de Advento deve servir para “nos renovarmos interior e exteriormente”.

 

“Se a conversão for verdadeira, deve traduzir-se em atitudes concretas. A conversão pastoral se expressa na firme intenção de assumir a forma de evangelizar de Jesus Cristo em tudo o que fazemos. Forma que exige, do evangelizador, a acolhida cordial, a disponibilidade, a pobreza, a bondade e a atenção às necessidades de outros”, acrescentou.

 

Do mesmo modo, Dom Casaretto assinalou que “hoje, fundamentalmente, na nossa cultura, a dignidade da vida se posta na inclusão como remédio à exclusão; e a comunhão como saída para isolamento. Essas devem ser as metas da nossa atividade missionária”. (SP)

Rádio Vaticana

DOIS MIL ANOS DE IGREJA

Vaticano

Vaticano

Pela História da Igreja podemos ver com clareza a sua transcendência e divindade. Nenhuma instituição humana sobreviveu a tantos golpes, perseguições, martírios e massacres durante 2000 mil anos; e nenhuma outra instituição humana teve uma seqüência ininterrupta de governantes. Já são 266 Papas desde Pedro de Cafarnaum. Esta façanha só foi possível porque ela é verdadeiramente divina; divindade esta que provém Daquele que é a sua Cabeça, Jesus Cristo. Ele fez da Igreja o Seu próprio Corpo (cf. Cl 1,18), para salvar toda a humanidade.

 

Podemos dizer que, humanamente falando, a Igreja, como começou, tinha tudo para não dar certo. Ao invés de escolher os “melhores” homens do Seu tempo, generais, filósofos gregos e romanos, etc., Jesus preferiu escolher doze homens simples da Galiléia, naquela região desacreditada pelos próprios judeus. “Será que pode sair alguma coisa boa da Galiléia?” Isto, para deixar claro a todos os homens, de todos os tempos e lugares, que “todo este poder extraordinário provém de Deus e não de nós” (2Cor 4,7); para que ninguém se vanglorie do serviço de Deus.

 

Aqueles Doze homens simples, pescadores na maioria, “ganharam o mundo para Deus”, na força do Espírito Santo que o Senhor lhes deu no dia de Pentecostes. “Sereis minhas testemunhas… até os confins do mundo”(At 1, 8). Pedro e Paulo, depois de levarem a Boa Nova da salvação aos judeus e aos gentios da Ásia e Oriente Próximo, chegaram a Roma, a capital do mundo, e alí plantaram o Cristianismo para sempre. Pagaram com suas vidas sob a mão criminosa de Nero, no ano 67, juntamente com tantos outros mártires, que fizeram o escritor cristão Tertuliano de Cartago (†220) dizer que: “o sangue dos mártires era semente de novos cristãos”. Estimam os historiadores da Igreja em cem mil mártires nos três primeiros séculos. Talvez isto tenha feito os Padres da Igreja dizerem que “christianus alter Christus” (o cristão é um outro Cristo), que repete o caminho do Mestre.

 

Mas estes homens simples venceram o maior império que até hoje o mundo já conheceu. Aquele que conquistou todo o mundo civilizado da época, não conseguiu dominar a força da fé. As perseguições se sucederam com os Césares romanos: Décio, Domiciano, Trajano, Dioclesiano, Valeriano, etc…, até que Constantino, cuja mãe se tornara cristã, Santa Helena, se converteu ao Cristianismo. No ano 313 ele assinava o edito de Milão, proibindo a perseguição aos cristãos, depois de três séculos de sangue. E nem mesmo o imperador Juliano, o apóstata, conseguiu fazer recuar o cristianismo, e no leito de morte exclava: “Tu venceste, ó galileu!”.

 

O grande Império se curvou diante da Cruz, disse Daniel Rops. A marca impressionante desta Igreja invencível e infalível, esteve sempre na pessoa do sucessor de Pedro, o Papa. Os Padres da Igreja cunharam aquela frase que ficou célebre: “Ubi Petrus, ibi ecclesia; ubi ecclesia ibi Christus” (Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja está Cristo). “Tu és Pedro; e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja… e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).

 

Depois da perseguição romana, vieram as terríveis heresias. Já que o demônio não conseguiu destruir a Igreja, a partir de fora, tentava agora fazê-lo a partir de dentro. De alguns patriarcas das grandes sedes da Igreja, Constantinopla, Alexandria, Antioquia, Jerusalém, e outras partes , surgiam as falsas doutrinas, ameaçando dilacerar a Igreja por dentro. Eram o gnosticismo, o pelagianismo, o maniqueísmo, o macedonismo, nestorianismo, jansenismo, quietismo, etc.. Mas o Espírito Santo incumbiu-se de destruir todas elas, e o barco da Igreja continuou o seu caminho até nós.

 

Os grandes defensores da fé e da sã doutrina, foram os “Padres” da Igreja: Inácio de Antioquia (†107), Clemente de Roma (†102), Ireneu de Lião (†202), Cipriano de Cartago(† 258), Hilário de Poitiers (†367), Cirilo de Jerusalém (†386), Anastácio de Alexandria (†373), Basílio Magno (†379), Gregório de Nazianzo (†394), Gregório de Nissa (†394), João Crisóstomo de Constantinopla (†407), Ambrósio de Milão (†397), Agostinho de Hipona (†430), Jerônimo (420), Éfrem (†373), Paulino de Nola (†431), Cirilo de Alexandria (†444), Leão Magno (†461), e tantos outros que o Espírito Santo usou para derrotar as heresias nos diversos Concílios dos primeiros séculos.

 

Cristo deixou a Sua Igreja na terra como “a coluna e o sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15). Todas as outras igrejas cristãs são derivadas da Igreja Católica; as ortodoxas romperam em 1050; as protestantes em 1517; a anglicana, em 1534, etc. E a lista vai longe e se multiplica em nossos dias.

 

Depois que desabou o Império Romano do ocidente, coube à Igreja o papel de mãe destes filhos abandonados nas mãos do bárbaros. S.Leão Magno, Papa e doutor da Igreja, enfrentou Átila, rei dos hunos, às portas de Roma, e impediu que este bárbaro, o “flagelo da História”, destruísse Roma; o mesmo fez depois com Genserico. Aos poucos a Igreja foi cristianizando os bárbaros, até que o rei e a rainha do francos, Clovis e Clotilde, recebessem o batismo no ano 500. Era a entrada maciça dos bárbaros no cristianismo. Papel importantíssimo nesta conquista lenta e silenciosa coube aos monges e seus mosteiros espalhados em toda a Europa, especialmente os beneditinos, que preservaram a cultura do ocidente.

 

Mais adiante, no Natal do ano 800, na Catedral de Reims, na França, o rei franco Carlos Magno era coroado pelo Papa, e restabelecia-se o Império Romano, mas agora Sagrado. Os bárbaros se renderam à fé de Cristo. Isto foi possível graças aos milhares de envangelizadores que percorreram toda a Europa anunciando a salvação trazida por Jesus ao mundo: S. Patrício, S. Columbano, S. Bonifácio, e tantos outros gigantes da fé. E onde a semente do Evangelho ia sendo lançada, logo em seguida, em toda parte, era regada com o sangue dos mártires.

 

. Em toda a Idade Média imperou a marca do cristianismo na Europa. Aspirava-se e respirava-se a fé. Surgiram as Catedrais como a bela expressão da fé e do louvor a Deus; as Cruzadas ao Oriente no zelo de libertar a Terra Santa profanada; as Universidades cristãs, Bolonha, Sorbonne, Oxford, Cambridge, Salamanca, Coimbra, etc, todas fundadas pela Igreja de Cristo.

 

Mas a fé sempre esteve ameaçada; nos tempos modernos levantaram-se contra a Igreja as forças iluminismo deista, do materialismo, do comunismo, do nazismo, e todos eles fizeram milhares de mártires cristãos, especialmente neste triste século vinte que chega ao fim marcado por tantas ofensas ao Criador.

 

Stalin, o ditador soviético, responsável por cerca de 30 milhões de mortos, para desafiar a Igreja, perguntou quantas legiões de soldados tinha o Papa; é pena que não sobrevivesse para ver o que aconteceu com o comunismo e com o seu Muro de Berlim. Mas a Igreja continua como nunca, até o final da História, quando Cristo voltará para assumir a Sua Noiva. Será as Bodas definitivas e eternas do Cordeiro com a Sua Igreja.

 

Nenhuma Instituição humana nesses dois mil anos cuidou tanto da humanidade, fez e faz tanta caridade, espalhou e espalha tanto amor. Nunca uma Instituição cuidou tanto das ciências, das artes, da música, da arquitetura, do direito, da economia, da medicina, da astronomia, da matemática, etc.

 

Então, é de se perguntar: por que, voltam-se contra ela tantas forças tenebrosas, num laicismo anti-católico indisfarçável? Penso que seja porque ela continua pregando com coragem os Mandamentos do seu Senhor: não matar, não roubar, não prostituir, não voltar aos tempos de Sodoma e Gomorra… As trevas não suportam o brilho da Luz.

 

Data da publicação: 24/11/2009

 

Cleofas

Cinco religiosas se salvaram de morrer em atentado a um convento no Iraque, informa AIS

 

KONIGSTEIN, 28 Nov. 09 / 07:06 am (ACI).- Um grupo de cinco religiosas dominicanas que estavam no convento de Santa Teresa em Mosul (Iraque) escapou da morte depois do ataque terrorista desta quinta-feira. Em declarações à organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) uma delas assinalou que depois da explosão “estávamos totalmente em choque. O violento ruído da bomba e os danos nos aterrorizou”.

 

Ante a destruição da Igreja de São Efrém e o ataque ao convento de Santa Teresa, o Pe. Bashar Warda, quem coordena o apoio depois dos atentados, assinalou que “estamos perdidos se queremos encontrar uma explicação ao que passou” e afirmou que surpreende mais a agressão a São Efrém pois seu pároco, o Pe. Youhanna Jajeka tem uma “excelente reputação na vizinhança”.

 

Este sacerdote, disse, “é um homem pacífico e honorável. É conhecido por suas boas relações com todos na área assim como por seu serviço aos mais necessitados”.

 

O Pe. Bashar disse logo que “os cristãos em Mosul se surpreenderam muito com estes ataques. As coisas se foram normalizando e muitos sentiam que a segurança tinha melhorado. O que aconteceu pôs uma pausa no otimismo”.

 

Por outro lado, em uma mensagem à AIS, o Arcebispo eleito de Mosul, Dom Nona Amel indicou que “o que aconteceu é algo terrível. Não sabemos por que passou. Damos graças a Deus porque o pároco de São Efrém não estava na igreja, pois teria morrido”.

 

ACI Digital

Bento XVI recorda 25 anos de paz entre a Argentina e o Chile com mediação de João Paulo II

Bento XVI

Bento XVI

VATICANO, 28 Nov. 09 / 10:36 am (ACI).- Ao receber esta manhã às Presidentas da Argentina e Chile, Cristina Fernández e Michelle Bachelet, respectivamente, o Papa Bento XVI recordou o 25º aniversário do tratado de paz entre ambos países no que mediou o Cardeal Antonio Samoré –designado por João Paulo II– com o qual se evitou a guerra. Este acontecimento, disse, é claro exemplo de resolução de conflitos através do diálogo.

 

Em seu discurso às delegações de ambos os países, o Santo Padre agradeceu os diversos esforços que naquele tempo se deram nos governos e as delegações diplomáticas para chegar ao “caminho de resolução pacífica, cumprindo assim os profundos desejos de paz da população argentina e chilena”.

 

Depois de ressaltar que atualmente, a 25 anos de distância, pode-se comprovar entre ambos países uma “mais decidida cooperação e integração” com diversos projetos que superam “preconceitos, suspeitas e reticências do passado”, o Papa sublinhou que “o Chile e a Argentina não são só duas nações vizinhas mas muito mais que isso: são dois povos irmãos com uma vocação comum de fraternidade, de respeito e amizade, que é fruto em grande parte da tradição católica que está na base de sua história e de seu rico patrimônio cultural e espiritual”.

 

“Este acontecimento que hoje comemoramos já forma parte da grande historia de duas nobres nações, mas também de toda a América Latina. O Tratado de Paz e Amizade é um exemplo luminoso da força do espírito humano e da vontade de paz frente à barbárie e a injustiça da violência e a guerra como meio para resolver as diferenças”.

 

O Pontífice recordou logo a atualidade das palavras de Pio XII em 1939, em uma mensagem de rádio: “nada se perde com a paz. Tudo se pode perder com a guerra”.

 

Por isso, disse Bento XVI, “é necessário perseverar em todo momento com vontade firme e até às últimas conseqüências ao tratar de resolver as controvérsias com verdadeira vontade de diálogo e de acordo, através de pacientes negociações e necessários compromissos, e tendo sempre em conta as justas exigências e legítimos interesses de todos”.

 

O Santo Padre explicou também que “para que a causa da paz se abra caminho na mente e o coração de todos os homens e, de modo especial, daqueles que estão chamados a servir a seus cidadãos das mais altas magistraturas das nações, é preciso que esteja apoiada em firmes convicções morais, na serenidade dos ânimos, às vezes tensos e polarizados, e na busca constante do bem comum nacional, regional e mundial”.

 

Seguidamente destacou que “a consecução da paz, em efeito, requer a promoção de uma autêntica cultura da vida, que respeite a dignidade do ser humano em plenitude, unida ao fortalecimento da família como célula básica da sociedade. Requer também a luta contra a pobreza e a corrupção, o acesso a uma educação de qualidade para todos, um crescimento econômico solidário, a consolidação da democracia e a erradicação da violência e a exploração, especialmente contra as mulheres e as crianças”.

 

Por isso, prosseguiu, “a Igreja Católica, que continua na terra a missão de Cristo, que com sua morte na cruz trouxe a paz ao mundo, não deixa de proclamar a todos sua mensagem de salvação e de reconciliação e, unindo seus esforços a todos os homens de boa vontade, entrega-se com esforço para cumprir as aspirações de paz e concórdia de toda a humanidade”.

 

Finalmente o Papa dirigiu seu “olhar ao Cristo dos Andes, na cúpula da Cordilheira, e peço que, como um dom constante de sua graça, sele para sempre a paz e a amizade entre argentinos e chilenos, ao mesmo tempo que como objeto de meu afeto lhes reparto uma especial Bênção Apostólica”.

 

ACI Digital

A FALSA DOUTRINA DO ARREBATAMENTO

Falsa Doutrina do Arrebatamento

Falsa Doutrina do Arrebatamento

Por Carlos Caso-Rosendi

Tradução: Carlos Martins Nabeto

Fonte: Vox Fidei

 

Muitos fundamentalistas e protestantes evangélicos adotam uma crença conhecida como “O Arrebatamento”. Existem muitas variações desta doutrina. A série popular de livros “Deixados para Trás”, escrita por Tim Lahaye e Jerry Jenkins, apresenta apenas uma dessas variações. Para defender suas idéias, os partidários do “Arrebatamento” citam alguns versículos genéricos da Bíblia, inclusive 1Tessalonicenses 4,15-17:

 

 

“Nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares”.

 

 

E também costumam citar 1Coríntios 15,51-52:

 

 

“Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.

 

 

Destas mínimas passagens misteriosas resultam predições detalhadas e precisas que preenchem volumes e mais volumes, complementados com calendários, datas, tabelas e gráficos. A versão apresentada nos livros da série “Deixados para Trás” é denominada “dispensionalismo pré-milenarista e pré-tribulacional”. Sua proposta consiste em afirmar que no futuro a terra experimentará um reinado de Jesus que durará mil anos. Imediatamente antes deste reinado, os “verdadeiros crentes” serão “arrebatados” por Jesus, ascendendo com Ele de maneira secreta e silenciosa, entra as nuvens. Para eles não importa que a Bíblia mencione uma forte voz e uma trombeta… a maioria dos partidários do “arrebatamento” garante que o evento ocorrerá em segredo.

 

Esta interpretação exagerada assegura que aqueles infelizes que serão “deixados” sofrerão um período de sete anos de tribulações – uma espécie de última chance para a fé. Ao findar os sete anos, Jesus retornará para uma Segunda Vinda “extra”, desta vez com legiões de fiéis. Juntos, derrotarão o Anticristo e iniciarão os mil anos do reinado de Jesus sobre a terra. A ironia disto tudo é que os protestantes crêem que é a Igreja Católica quem sustenta ensinamentos “antibíblicos” (apontando a doutrina católica sobre Maria como o maior exemplo), muito embora a crença no “arrebatamento” seja aceita sem questionamentos e com pouquíssima substância bíblica. É irônico também que muitos protestantes que acreditam que a Igreja Católica alterou os seus ensinamentos muitas vezes no decorrer dos séculos, admitam hoje o conceito de “arrebatamento”, sendo que tal doutrina nunca é encontrada na História do Cristianismo, pois não aparece nem na literatura católica, nem na protestante até o século XIX, quando surgiram suas primeiras manifestações nas obras de John Nelson Darby, um ministro fundamentalista que posteriormente se converteu em sacerdote anglicano.

 

Os ensinamentos da Igreja Católica sobre o fim dos tempos são muito menos detalhados – e ainda muito menos dramáticos – do que os de John Nelson Darby e Tim Lahaye.

 

É certo que a Igreja sustenta a Segunda Vinda de Jesus. Um exemplo conhecido encontra-se na frase do Credo de Nicéia: “E de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos”; e há outro na afirmação de São Paulo, de que os crentes serão “levados” até o Senhor. No entanto, no tocante a data e a natureza destes eventos, a Igreja diz muito pouco, uma vez que há certas coisas que são reservadas por Deus:

 

 

“As coisas ocultas concernem ao Senhor, nosso Deus; porém, as reveladas, são para nós e para os nossos filhos, para que pratiquemos sempre todas as palavas desta Lei” (Deuteronômio 29,29).

 

 

E, como nos adiantou o Senhor Jesus Cristo:

 

 

“Quanto ao dia e a hora, ninguém sabe – nem os anjos dos céu, nem o Filho, mas apenas o Pai” (Mateus 24,36).

 

 

Para ter uma idéia mais detalhada sobre o ensino magisterial da Igreja sobre o fim dos tempos, leia os parágrafos 671 a 679 do Catecismo da Igreja Católica.

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Para citar este artigo:

 

CASO-ROSENDI, Carlos. Apostolado Veritatis Splendor: A FALSA DOUTRINA DO ARREBATAMENTO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5969 . Desde 27/10/2009.

ACI Digital

 

CONSTANTINO MANIPULOU O CONCÍLIO DE NICÉIA?

Concílio de Nicéia

Concílio de Nicéia

 

Por Guillermo Juan Morado

Tradução: Carlos Martins Nabeto

Fonte: http://www.arvo.net

 

Embora “O Código da Vinci”, recordista de vendas, careça de qualquer credibilidade histórica e toda crítica neste sentido resulte supérflua – como bem advertiu De Prada – eis aqui exemplo entre mil: Guillermo Juan Morado nos escreve abordando se “Constantino manipulou o Concílio de Nicéia”. Esta é a sua resposta:

 

Diante da heresia de Ário, que negava a verdadeira divindade de Jesus Cristo, o Concílio de Nicéia (325) fixou a ortodoxia cristã, definindo que o Filho é “consubstancial” ao Pai (“homoousios”). Uma palavra não-bíblica, “consubstancial”, é então  introduzida no Credo para defender, em termos novos, a peculiaridade da fé cristã, professada desde as origens: Jesus Cristo é o Filho encarnado, da mesma substância do Pai, unido essencialmente ao Pai. Não é uma criatura, nem uma espécie de ser intermediário entre Deus e os seres criados, mas “Deus de Deus, Luz da Luz”. Seremos salvos apenas se Jesus Cristo for verdadeiro Deus.

 

A confissão de fé não é alterada em absoluto, mas explicitada para fazer frente a explicações teóricas equivocadas que, com o pretexto de assimilar o Cristianismo à cultura helenista, acabavam por trair a herança apostólica.

 

O Concílio de Nicéia ocorre em um momento particularmente significativo, por estar tratando da instauração de um sistema de Igreja imperial. Um teólogo notável como Eusébio de Cesaréia se sentia fascinado pela idéia da convergência, nos planos de Deus, entre o Cristianismo e o Império. A Providência teria guiado os destinos da História para fazer coincidir a aparição do Messias com a paz imperial, a monarquia celeste com a monarquia romana.

 

O imperador Constantino personificava, aos olhos de Eusébio, essa feliz coincidência. Seu papel não era apenas político, mas também religioso. Fará falta esperar o gênio de Santo Agostinho para se apresentar a adequada distância entre a cidade terrestre e a Cidade de Deus.

 

Na obra “Vita Constantini”, Eusébio de Cesaréia exagera o papel desempenhado pelo Imperador nos concílios e, sobretudo, no Concílio de Nicéia. Atribui ao imperador a tarefa de abrir os debates, reconciliar os adversários, convencer a uns e submeter a outros, instando todos à concórdia. Constantino, segundo a imagem que dele nos oferece Eusébio, parece impor-se, inclusive em questões doutrinárias, sobre os bispos reunidos no Concílio.

 

Esta visão seria real? Poderia sustentar-se, com argumentos, a idéia de que Constantino manipulou o Concílio de Nicéia, impondo a todos os bispos a doutrina do “homoousios”, objetivando garantir a unidade religiosa do Império?

 

A realidade se distancia desta imagem traçada por Eusébio. É verdade que o Imperador defendeu a relação entre a Igreja e o Império, entre o bem do Estado e o bem da Igreja; porém, a sua participação no Concílio de Nicéia, embora destacada, foi muito menos importante do que Eusébio de Cesaréia nos faz acreditar.

 

O pesquisador J.M.Sansterre, em sua obra “Eusébio de Cesaréia e o Nascimento da Teoria Cesaropapista”, investigou criticamente 14 textos que procedem do imperador, datados entre 325 e 335. Da análise desta documentação, extraiu importantes conclusões, decisivas para desmontar historicamente a construção de Eusébio.

 

Constantino convocou o Concílio de Nicéia com a finalidade de fomentar a unidade e eliminar a heresia. Sentiu-se obrigado a velar pelas resoluções dogmáticas e disciplinares, porém jamais aspirou suplantar os bispos. Entendia a intervenção imperial como meramente subsidiária, visto que a norma final em questões doutrinárias teria que ser – como de fato o foi – as tradições, os cânons eclesiásticos e a assistência do Espírito Santo aos bispos. Apenas se os bispos não conseguissem fazer cumprir as decisões conciliares é que o imperador estava disposto a intervir para aplicá-las; jamais para impô-las por ele mesmo.

 

Constantino não reclama para si, em questões de fé, uma supremacia sobre o Concílio, prerrogativa que, junto com outras, está disposto a reconhecer Eusébio, que converte o imperador em algo mais que um guardião da Igreja, enxergando nele o supremo cume religioso do mundo visível.

 

A análise dos documentos imperiais de 325 a 335 prova, portanto, de modo conclusivo, que o imperador não influenciou o Credo de Nicéia. Porém, além disso, igual conclusão se deduz do estudo da Cristologia de Constantino, a qual é possível identificar em uma de suas cartas. O imperador carecia da preparação teológica necessária para dominar os problemas abordados em Nicéia. Sua Cristologia é decididamente pré-nicena, como muito bem explicou Alois Grillmeier em seu importante estudo “Cristo na Tradição Cristã”.

 

Bem além de visões precipitadas, sejam polêmicas ou apologéticas, o estudo sério das fontes se apresente, também neste caso, como o único recurso para reconstruir de modo confiável o passado.

 

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Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).

 

Para citar este artigo:

 

MORADO, Guillermo Juan. Apostolado Veritatis Splendor: CONSTANTINO MANIPULOU O CONCÍLIO DE NICÉIA?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5970/constantino-manipulou-o-concilio-de-niceia . Desde 03/11/2009.

A REUNIÃO COM A IGREJA ORTODOXA RECUPERARÁ O SENTIDO DA TRADIÇÃO

Bento XVI e patriarca Ortodoxo

Bento XVI e patriarca Ortodoxo

 

5/11/2009 14:16:20

Igreja – Verdadeiro ecumenismo

 

VERDADEIRO ECUMENISMO

 

Abaixo um belo artigo sobre os andamentos  da reintegração dos ortodoxos à Igreja Mãe. De fato, este é o único ecumenismo possível e verdadeiro. Eles devem voltar a ùnidade, reconhecer primado de Pedro, praticar a doutrina da nossa Igreja com a integralidade dos Dogmas e documentos pontificais. O que permenece neles são determinados rituais que lhes são caros, e que muitas vezes são muito mais profundos do que os nossos. Que voltem milhares, este é um sinal dos tempos. A tempestade chega e eles percebem que fora de Pedro não tem barca, as outras todas irão naufragar. Todo ecumenismo que visa fazer a Igreja dobrar-se diante da mentira, é falso, e vem de satanás.

 

A REUNIÃO COM A IGREJA ORTODOXA RECUPERARÁ O SENTIDO DA TRADIÇÃO

 

Por James Likoudis

Tradução: Emerson de Oliveira

Fonte: http://credo.stormloader.com/Ecumenic/unumsint.htm

 

As viagens do Papa João Paulo II para a Ucrânia, Grécia, Romênia e Israel e convites dos patriarcas e bispos das várias igrejas orientais separadas destacaram uma das prioridades de seu Pontificado – isto é – a esperança da reunião das Igrejas Greco-eslavas bizantinas dissidentes com a Cátedra de Pedro, que por muito tempo ocupou a Santa Sé, especialmente como o reinado do S. S. Pio IX (1846-1878). O Segundo Concílio Vaticano (1962-65) acentuou que as divisões entre os cristãos “contradizem abertamente a vontade de Cristo, escandaliza o mundo e prejudica a santa causa, a pregação do Evangelho a toda criatura” (#1). Dois de seus documentos, “Decreto sobre o Ecumenismo” (1964) e “Decreto sobre as Igrejas Católicas Orientais” (1964) estimularam o desejo para o diálogo teológico com todas as Igrejas Orientais separadas e com as comunidades eclesiais protestantes para superar os preconceitos, hostilidades, e ódio do passado. O Concílio Ecumênico expressou suas esperanças pela restauração do “espírito da fraternidade e unidade”. 

 

Assim, palmilhando este caminho, superando pouco a pouco os obstáculos que impedem a perfeita comunhão eclesiástica, todos os cristãos se congreguem numa única celebração da Eucaristia e na unidade de uma única Igreja. Esta unidade, desde o início Cristo a concedeu à Sua Igreja. Nós cremos que esta unidade subsiste indefectivelmente na Igreja católica e esperamos que cresça de dia para dia até à consumação dos séculos. (“Decreto UNITATIS REDINTEGRATIO sobre o Ecumenismo”, #4)

 

O que não foi previsto pelos Pais do Concílio foram as desordens doutrinais, litúrgicas, morais e escândalos que balançariam e afligiriam a Igreja nos anos pós-conciliares. Especialmente sérios foram os efeitos da dissensão e desobediência engajadas por teólogos rebeldes que rejeitaram a Humanae Vitae (1968) e que começou a desvendar toda a moralidade sexual da Igreja. Debaixo destes esforços havia a tentativa de um revisionismo de dogmas e doutrinas centrais católicas para que se adequassem às alegadas exigências da “mentalidade moderna”. Um falso “espírito do Vaticano II” foi convocado pelos jornalistas, teólogos e catequistas para questionar as verdades imutáveis da Fé católica e desafiar, se não fosse devidamente rejeitada, a autoridade do Magistério Papal para determinar o significado das doutrinas católicas. Nos anos 1960 o famoso “Catecismo Holandês” seria rapidamente traduzido em muitos idiomas para marcar o aparecimento de um cético neomodernismo que necessitou que o Papa Paulo VI emitisse o Credo do Povo de Deus (30 de junho de 1968) para confirmar os irmãos na fé católica que nos veio dos Apóstolos. 

 

Como a Igreja católica no Ocidente mostrou sinais de tumultos e rebeldia litúrgica, aliado ao fracasso de bispos em mostrarem disciplina para com os padres, religiosos e leigos desobedientes, seja com cisma com relação à Santa Sé (por exemplo, “ultra-tradicionalistas”, como os seguidores do arcebispo Lefebvre) ou a secularização da Igreja junto com uma significante negligência da autêntica espiritualidade (como os neo-modernistas), a busca da restauração da unidade Santa Sé com as igrejas Ortodoxas Orientais separadas prova ser de grande urgência. Apesar do desenvolvimento teológico entre os ortodoxos orientais não estar sem sérios erros (como sua aceitação do divórcio e segundo casamento, da contracepção e a resistência por muitos dos seus teólogos para com as doutrinas católicas definidas depois de sua separação da Cátedra de Pedro), permanece o fato de que a Igreja Ortodoxa retém quase toda a fé católica em sua totalidade. A separação oficial foi um processo que apareceu no fim séc. XII e foi acelerada com o saque da cidade de Constantinopla pelos cruzados em 1204. Não obstante, as igrejas bizantinas greco-eslavas dissidentes (grega, russa, ucraniana, búlgara, sérvia, romena, etc. e os da Diáspora ocidental) mantiveram a grande riqueza do doutrina apostólica estabelecidas nos primeiros Sete Concílios Ecumênicos. Há enorme conjunto da fé e prática cristã que católicos e ortodoxos continuam praticando, apesar das divisões na comunhão oficial que ocorreu depois da disputa de 1054 d.C.. 

 

O dogma permanece importante na Igreja Ortodoxa, considerando que no Ocidente moderno houve uma verdadeira “fuga do dogma” e há uma forte tentação de adotar um cristianismo tolerante, anti-dogmático, um “cristianismo sem Cristo”! É claro, um cristianismo anti-dogmático não é cristianismo, como nossos irmãos ortodoxos perceberam muito bem por causa de seu forte sentido da Tradição em que os dogmas expostos no Credo Niceno-Constantinopolitano são fundamentais à vida sobrenatural em Cristo. A Trindade, a divindade de Cristo, o Nascimento Virginal, Seus milagres, Sua Ressurreição física, Sua Real Presença na Eucaristia, a reverência e prece da Mãe do Deus e dos santos, as orações para os mortos, e Sacramentos administrados por bispos na Sucessão Apostólica, estão entre os artigos de fé com a qual não pode ser alterados. A afirmação do Bispo de Roma de exercitar a Primazia Apostólica de Pedro entre os apóstolos e exercer uma jurisdição universal e a Infalibilidade na Igreja permanece o maior obstáculo para com os nossos irmãos ortodoxos orientais separados mas o diálogo teológico já está esclarecendo certos conceitos errados sobre a autêntica e cristológica natureza espiritual da autoridade Papal. 

 

É bom lembrar aos leitores que foram as pesquisas católicas dos últimos séculos que fizeram muito para trazer mais luz a todos os católicos sobre beleza da liturgia oriental, o esplendor do teologia mística bizantina, e a imensa herança dos Pais da Igreja gregos e sírios que prepararam a mente católica para a “aproximação das Igrejas”. Como o Papa João Paulo II declarou em 1995 em sua encíclica “Ut Unum Sint”, “A Igreja Católica não deseja nada menos que a plena comunhão entre o Oriente e o Ocidente e encontra inspiração para isto na experiência do primeiro milênio”. Como foi dito, apesar das dificuldades e cismas esporádicas, a unidade entre Roma e Constantinopla permaneceu na maioria do primeiro milênio. Tendo em mente o patrimônio histórico do o oriente cristão, o Sucessor de Pedro falou repetidamente que “a Igreja precisa respirar com seus dois pulmões”, isto é, com as tradições ocidentais e orientais (Veja ibid., #54). A “Primavera da Fé” para a Igreja, a que o Papa João Paulo ansiosamente aguardou, é prevista como uma que verá a Igreja católica respirar livremente com seu pulmão católico oriental grandemente fortalecido pela reunião próxima com os irmãos orientais não-mais-separados. 

 

Foi em sua Carta Apostólica Orientale Lumen (2 de maio de 1995) que o Papa eslavo procedeu em louvar as glórias e os tesouros da Tradição oriental que foi preservada detalhadamente na vida das várias igrejas orientais, católicas, ortodoxas do leste e ortodoxas orientais (estas últimas Igrejas antigas se separaram de Roma e Constantinopla desde o 5º século). Ele notou: “é a Tradição que preserva a Igreja do perigo de se reunir somente opiniões variáveis, e garante Sua certeza e continuidade”. O amor e reverência com que os ortodoxos celebram o mistério da Eucaristia, sua adoração profunda da Trindade, sua profunda oração e contemplação doa mistérios divinos, sua doutrina da divinização no Espírito Santo pelos Sacramentos, seu testemunho para o valor perene da vida monástica – tudo manifesta a continuidade da crença e pratica católica entre nossos irmãos orientais separados e que deve ser mantido com a restauração da plena comunhão com a Cátedra de Pedro – e para o benefício de toda a Igreja católica. Continuando o legado ecumênico de seu predecessor, o Papa Bento XVI acentuou sua determinação e avançar o diálogo teológico católico-ortodoxo para eliminar as “divergências que ainda existem e não poupar nenhum esforço para restabelecer a plena comunhão”. (Discurso 12/15/05). 

 

É a vontade do Cristo que os cristãos separados sejam um na Igreja construída na Rocha de Pedro. Que a intercessão da Mãe de Deus e as orações de santos como os mártires S. Josafá, S. André Bobola, o bendito confessor Leonid Feodorov, e protetores da Reunião com as igrejas Ortodoxas Orientais como o capuchinho S. Leopoldo de Castelnovo e o bendito místico carmelita Tito Brandsma nos concedam a bênção inestimável da restauração da plena comunhão entre as Igrejas Orientais separadas e a Igreja de Roma que, do começo do cristianismo foi conhecida a todos como a Igreja que “preside em amor” (S. Inácio de Antioquia).  

 

 

Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).

Para citar este artigo:

LIKOUDIS, James. Apostolado Veritatis Splendor: A REUNIÃO COM A IGREJA ORTODOXA RECUPERARÁ O SENTIDO DA TRADIÇÃO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5971. Desde 05/11/2009.

 

Recados de Aarão

CONFIANÇA PLENA

deus

 

Sinto que devo voltar a falar sobre este assunto: a confiança! Na medida em que vemos as coisas se deteriorarem no mundo, também na Igreja – e principalmente em nossa querida Igreja Católica – é visível também a apreensão que se abate sobre nossos amigos, até mesmo aqueles que a gente julgava já vacinados contra a tribulação. Não restam dúvidas de que, olhando as Sagradas Escrituras e nelas buscando os versículos que se referem ao nosso tempo, dá sim um friozinho na barriga, porque são explosivos, e irão levar à morte bilhões de seres humanos. E isso assusta.

 

Mas neste sentido, a primeira força que devemos buscar é no exemplo de Maria, e isso fica muito bem sintetizado na Via Sacra de Maria, que estamos rezando na anistia da redenção. O exemplo dela é assustador, e chega-se ao ponto de pensar que ela nem tinha sentimento. Sim, porque qualquer mãe normal, vendo o seu filho sendo conduzido para o matadouro daquela forma brutal, certamente entraria em pânico, se desesperaria, gritaria até morrer ou se esvairia em dores e lágrimas. Ela, entretanto, confiava no Pai, aceitava Sua vontade e raríssimos suspiros saíram de sua boca. Como entender isso? Quem iria acreditar que aquela era a vontade de Deus? Quantos de nós blasfemaríamos contra Ele?

 

Sim, ela havia sido preparada pelo Pai Eterno desde sempre para aquela dolorosa parte de sua superior missão. Já por ocasião da apresentação do Menino Jesus no Templo o velho Simeão havia predito que “uma espada de dor atravessaria a sua alma” e, portanto ela tivera uma vida para se preparar. Mas nem isso explica o heroísmo desta Mãe excepcional, que confiava em Deus, confiava na Ressurreição de seu Filho, e sabia que aquela era a vontade do Pai. E de seus lábios não saiu uma só reclamação, um só lamento que não fosse totalmente conformado.

 

Bem, seguramente nenhum outro ser humano, nenhuma outra mulher na terra deve de passar por tamanho sofrimento. Certamente também, nenhum ser humano qualquer poderia passar por tal situação, sem entrar em pânico. Assim, este é um caso único e é, portanto extremo, entretanto sinaliza para o quanto se deve caminhar ainda para termos esta confiança absoluta, inarredável, inquebrantável, capaz de mover o coração do próprio Deus. Não é impossível, assim, que tenhamos pelo menos uma centelha dele, embora, dada a nossa fraqueza natural, é-nos impossível chegar aonde Maria chegou.

 

Mas na história dos santos, há milhares de exemplos edificantes, e por isso mesmo a gente sempre tem pedido ao leitor, mesmo o mais apressado e distraído, que não deixe de diariamente clicar no “santo do dia”, e ver qual a lição que poderemos aprender dele. Nós precisaremos destes exemplos adiante, e já precisamos hoje, por que nosso coração vacila, nossas pernas tremem, e nossa alma se angustia já a simples sibilar de uma rajada de vento, um raio que estala ou um trovão que ribomba. E se tal já acontece com uma coisa tão simples e normal, que acontecerá quando se abrir o infinito em fúrias?

 

Mas veja que a palavra nos conforta como está em Jó 4, 3 Eis: exortaste muita gente, deste força a mãos débeis, tuas palavras levantavam aqueles que caíam, fortificaste os joelhos vacilantes. Agora que é a tua vez, enfraqueces; quando és atingido, te perturbas. Não é tua piedade a tua esperança, e a integridade de tua vida, a tua segurança? Lembra-te: qual o inocente que pereceu? Ou quando foram destruídos os justos? Terá algum outro homem demonstrado tanta confiança em Deus como Jó? Acaso foi ele confundido?

 

Na realidade o ato de confiar em Deus começa com o entendimento da nossa vida, de que fomos criados por Deus e de que não conseguimos sequer sorver um pouco de ar sem o consentimento e o conhecimento Dele. Este mistério de proximidade e dependência é estupendo, e infelizmente não entendido por quase ninguém. Ninguém faz nada por si, sem que Deus o inspire e o ajude. Ninguém dá um só passo adiante, sem que Ele nos dê forças. Deste modo nada nos pode tocar, atingir ou molestar sem que isso esteja no plano de Deus para nós e devemos saber que este plano contribui sempre para nosso bem.

 

Ou seja: ninguém está sozinho, Deus é sempre presente, mesmo que se não O queira! Sem Ele, nós simplesmente desaparecemos. Ninguém faz nada sozinho, sem que Deus o permita, mesmo que às vezes não aprove. Desta forma o primeiro passo da confiança, é entender esta nossa nulidade plena e absoluta! O segundo é entender que sozinhos, não conseguimos fazer nada por nós mesmos! O terceiro é entender que NADA nos atingirá, sem que Deus o saiba e permita. Ou seja: todas as atitudes que nós tomarmos hoje no sentido de nos proteger fisicamente, tipo esconder-se em refúgios ou buscar localidades distantes para fugir das tribulações, tudo isso é bobagem. O lugar de cada um é sua casa!

 

Isso quer dizer que devemos confiar plenamente em Deus, como está dito em Isaías 15, 15: Porque aqui está o que disse o Senhor Deus, o Santo de Israel: É na conversão e na calma que está a vossa salvação; é no repouso e na confiança que reside a vossa força. Uma palavra bem clara, e mesmo cristalina. O caminho da calma é aquele que passa pela conversão. Se uma pessoa estiver realmente convertida, estará conformada com tudo que vem, e não lamentará jamais nada deste mundo que se esvai. Que se vai e é bom que assim seja! Pois já não é sem tempo! Muitas vezes o pânico, o medo que se abate sobre alguns, se deve ao fato de que ainda não fizeram aquela boa confissão, com perfeita revisão de toda a sua vida. Então o que dá medo não são os eventos futuros, mas sim os pecadinhos que ainda atrapalham sua vida. Trata-se de uma chamada do Espírito Santo.

 

Um dos fatores que mais fortemente atribula a vida das pessoas acontece devido ao apego aos bens materiais. Pessoas que construíram certo patrimônio, que tem certo padrão de vida, conquistado às vezes entre mil sofrimentos, e não querem aceitar, em nenhuma hipótese, que agora percam isso. Às vezes nem precisa ser grande coisa, mas uma casa própria, um apartamento, um carro novo. Entretanto, isso poderia até ser compreensível naqueles que recém começam a compreender os sinais dos tempos, mas nunca com aqueles que já sabem disso desde muito tempo.

 

Temos ainda a conquista de títulos, de bons salários, entre outros elementos que foram conseguidos com muita luta, e até um casamento recente, um noivado, um namoro gostoso, tudo isso gera apegos exagerados, que geram medos e sofrimentos. Uma jovem, que passara 25 anos de sua vida sofrendo, nunca tinha arrumado um namorado, quando leu o livro Mateus, queria me esganar. Ficou mais de uma hora ao telefone bradando contra mim e contra Deus, querendo que eu lhe dissesse que tudo aquilo era mentira, que não iria acontecer, “justo agora que minha vida toma rumo”. E dizia: Deus não pode fazer isso comigo! E quem falou que ela iria morrer? Nada a consolava!

 

Em verdade, tudo o que tiver que vir, virá e isso quer nos agrademos ou não. Podem espernear, gritar, blasfemar, zombar, ridicularizar e fazer pouco caso, não importa. Mais dia, menos dia um dilúvio de fogo cairá sobre este mundo pecador que segue infrene rumo ao abismo, e Deus intervirá antes que chegue ao fundo. Podem correr como gazelas, podem voar como balas de fuzil que não adianta. Se você se esconder no topo dos montes ou se refugiar no fundo dos oceanos, ou no antro mais profundo da terra, lá o Juiz te irá buscar, pois chega a hora da prestação de contas. Da retribuição ou da cobrança! Será isso o que mete tanto medo nalguns?

 

Vejo que o fato que mais amedronta a nossa gente – falo das pessoas que participam do Movimento Salvai Almas – se refere à conversão de sua família, seus filhos, maridos e até esposas, pois não são somente filhos e maridos que não se convertem, mas sim mães. E lhes posso dizer que a parada destes maridos é muitas vezes pior que as das mães, que são a maioria das que sofrem. E tantos me escrevem ou telefonam, em quase pânico, vendo estas mensagens cada vez mais fortes e este troar do mundo que ameaça guerras, e que vive sendo abalado por catástrofes. Afinal, qualquer coração minimamente ligado em Deus, sentirá que assim não dá mais e que Deus precisa – e vai – intervir.

 

Mas mesmo isto – a questão do retardamento das conversões – não justifica o pânico de algumas pessoas, porque muitas vezes este é um ardil de satanás. Ele fica batendo nesta tecla seguidamente, deixando as pessoas apavoradas. Isso porque uma pessoa em pânico não tem condições de raciocinar com perfeição, e poderá cometer desatinos. E vir a desanimar. E é isso que ele quer. E quer mais, quer que as pessoas vivam angustiadas, atribuladas, porque assim facilmente poderão duvidar de Deus, e de Sua misericórdia. Sim, no que se constituiu no gravíssimo pecado contra o Espírito Santo.

 

É preciso ter em mente, sempre, que antes mesmo de emitirmos um pedido em oração para Deus, Ele já sabe o que iremos pedir. E se já sabe, não é preciso que repitamos este pedido muitas vezes, embora a insistência também seja válida, porque cumpre passagem do Evangelho. Mas a renovação do pedido, não deve ser feita com o sentimento de que Deus não ouviu suas preces, ou porque suas orações são “fracas”, ou porque sua fé é pequena, e sim com a confiança sempre crescente de que a graça pedida acontecerá, tanto mais se ela é voltada para a salvação das almas.

 

Meditando sobre o assunto destas tribulações que chegam, e lendo e sintetizando esta avalanche de profecias que nos fazem embocar neste tempo final, percebo que se trata de algo tão assombroso, tão arrasador, tão acima de nossa diminuta capacidade e fortaleza, que é ridículo querermos reagir e agir sozinhos. Em verdade, somos – cada ser humano – um simples grão de pó, sendo varrido pelos ventos deste planeta. E pergunto: acaso adianta um grão de pó revoltar-se contra o furacão que o movimenta?

 

Sim cada grão de pó será movimentado deste planeta, seja ele de matéria inanimada, seja de matéria viva. Seja animal irracional, seja pessoa humana. Uns cairão nos abismos, outros afundarão nos mares, uns serão arrebatados antes do turbilhão, outros serão metidos no olho da tempestade. Uns morrerão de pânico, outros nunca amarão tanto a Deus como naqueles dias. Não importa o que será feito de cada um de nós! O que importa saber é que nada podemos contra esta força inaudita. Sim, desde que tenhamos confiança plena em Deus, que sempre fará, para cada um de nós, o que for melhor.

 

Por isso, vejam este canto de fortaleza e alegria que está em Isaías 35, 3: Fortificai as mãos desfalecidas, robustecei os joelhos vacilantes. 4 Dizei àqueles que têm o coração perturbado: Tomai ânimo, não temais! Eis o vosso Deus! Ele vem executar a vingança. Eis que chega a retribuição de Deus: ele mesmo vem salvar-vos. 5 Então se abrirão os olhos do cego. E se desimpedirão os ouvidos dos surdos; 6 então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo dará gritos alegres. Porque águas jorrarão no deserto e torrentes, na estepe. Precisa dizer algo mais?

 

A Palavra diz: eis que chega a retribuição do vosso Deus! Esta retribuição virá e será tão mais abundante e plena, quanto maior for a confiança depositada nAquele que é o Senhor de todos os movimentos e para o qual mesmo o maior dos bólidos que vagueia pelo espaço infinito, é também ele como um mísero grão de areia. E se o Senhor nosso Deus é nosso Criador, se pertencemos a Ele, por qual motivo nos revoltarmos contra as angustias deste tempo se elas são frutos apenas da loucura humana, daqueles que pensam poder viver sem Ele? Em verdade, todo este caos previsto nas Escrituras se deve exatamente a aqueles que tencionam livrar-se de Deus, como já o fizeram os maus anjos.

 

E diz também, “tomai ânimo… Robustecei os joelhos vacilantes!” É preciso deixar estas angustias de lado, colocar bem gravado em nossa mente que na hora oportuna virá para nós o socorro divino, e deixar Deus agir livremente, para nosso bem e de nossos filhos. Jesus nos disse certa vez que “Deus não gosta dos lamuriantes”, dos que vivem sempre ansiosos e preocupados com o que lhes pode acontecer fisicamente, e com seus familiares. Isso consta dos Evangelhos, sobre as preocupações da vida, e Jesus disse que tudo isso é coisa de pagãos. Ou seja, de gente que não confia no seu Deus.

 

Mas veja como Ele continua nos animando pela voz do profeta Isaías, 57 13-15: Aquele, porém, que contar comigo herdará a terra, e possuirá meu monte santo. (Será dito:) Abri, abri a estrada, aplanai-a! Retirai do caminho de meu povo todo obstáculo! Porque eis o que diz o Altíssimo, cuja morada é eterna e o nome santo: Habitando como Santo uma elevada morada, auxilio todavia o homem atormentado e humilhado; venho reanimar os humildes, e levantar os ânimos abatidos. Deus avisa claramente: aquele que confiar Nele herdará a terra. Basta confiar Nele e isso se faz elevando o ânimo dos corações, abrindo na face um sorriso, porque nada podemos contra o inevitável. O Pai em breve agirá, pois nos confirma isso na seqüência deste texto:

 

Isaías 16 Realmente, não desejo controvérsias sem fim, nem persistir sempre no descontentamento, senão o espírito desfalecerá diante de mim, assim como as almas que criei. 17 Por causa do crime de meu povo me irritei um momento; feri-o, dando-lhe as costas na minha indignação, enquanto o rebelde agia segundo sua fantasia. 18 Vi sua conduta, disse o Senhor, e o curarei. Vou guiá-lo e consolá-lo, 19 vou fazer assomar aos lábios dos aflitos a ação de graças. Paz, paz àquele que está longe e àquele que está perto. 20 Mas os ímpios são como um mar encapelado, que não pode acalmar-se, cujas ondas revolvem lodo e lama. Não há paz para os ímpios, diz meu Deus.

 

Sim, hoje o rebele, o anjo rebelde e o homem rebelde que o segue, agem em todo mundo de acordo com sua fantasia. Hoje recebem poder e força de agir para agigantarem esta avalanche de rebelião contra o Altíssimo, e tantos imaginam que poderão vencê-lo. Esta velha história já teve um epílogo vergonhoso na derrota dos anjos, e terá outro igual, ainda mais vergonhoso agora, quando perecerão junto os ímpios, este mar encapelado, estes antros de podridão que corrompem a terra e a fazem feder em toda sua extensão. Para estes nunca haverá paz, pois a eles o eterno tormento, o lago de fogo. Felizmente, até o fim, serão poucos os que se obstinarão em sua teimosia. Ai deles! Pobre infelizes!

 

Porque restará um povo pequeno e justo, para um Reino de Eterna Justiça. E mais uma vez o Senhor nos conclama através de Isaías 26 2 Abri as portas, deixai entrar um povo justo, que respeita a fidelidade, 3 que tem caráter firme e conserva a paz, porque tem confiança em vós. 4 Tende sempre confiança no Senhor, porque o Senhor é o rochedo perene. 5 Ele derrubou os que habitavam nas alturas e destruiu a cidade soberba; derrubou-a por terra e ao nível do chão a reduziu. 6 Ela é calcada aos pés pela plebe, sob os passos dos indigentes. 7 O caminho do justo é reto; vós aplanais a senda do justo. 8 Seguindo a vereda de vossos juízos, Senhor, nós vos esperamos; por vosso nome e vossa memória nossa alma aspira.

 

Quem se deve preocupar então, são apenas os injustos, os maus, os celerados. Eles que devem tremer as pernas! Eles que não têm sossego nesta nem terão na outra vida, caso não se convertam. Se eu encontrasse um só texto nas Escrituras que dissesse para as pessoas de bem ficarem preocupadas, tudo bem, mas isso não existe. Em verdade, todos deveriam ler os últimos capítulos do Livro de Isaías, que são um verdadeiro hino de enaltecimento, voltado à Nova Terra, onde finalmente habitará a justiça.

 

Falando em Nova Terra, quero usar as últimas páginas deste texto para lembrar ao todos deste Reino que vem, e dizer que não acreditem em qualquer teólogo, qualquer um que se diga entendido, tenha ele a cultura que tiver, que negue a vida do Reino de Jesus, e ainda nesta terra. Tenho escutado absurdos, de gente fanatizada, completamente cega neste aspecto, que não consegue perceber o extraordinário desta passagem.

Falam eles que haverá um dia um Julgamento final, e então Deus irá fulminar a terra, acabando com a raça humana. Meu Deus, quanta cegueira! Sim, porque inumeráveis passagens das Escrituras não teriam sentido algum, se não houvesse este reino futuro, e terreno, com Céu unido a Terra, que será um quase Céu. Em verdade tudo começa no Gênesis e no Paraíso que foi criado por Deus para nossos primeiros pais, e que nos pertence. Se Deus tivesse criado este paraíso e destinado ele a apenas poucos anos de vida, teria falhado redondamente em Seu plano. Mas quando Ele lançou a promissão a Adão, fez um voto eterno, e este voto se estende até os dias de hoje.

 

Ora, Adão passou da condição de santidade para o pecado, e com ele desmereceu o paraíso, que continua sendo guardado algures pelos anjos. Nós somos herdeiros dele e esta geração que hoje vive, e que tiver a graça de passar viva pela tribulação que vem, herdará o paraíso, agora, de certa forma por mérito, porque terá então passado a primeira condição, a do pecado, para a vida terrena de santidade plena. Isso acontecerá quando for expulso daqui da terra, e para sempre, o Rebelde, o anjo negro e teimoso, ele e todos os seus comparsas. E uma vez ele sendo expulso daqui, haverá paz, e para todo o sempre.

 

Como está dito em Miquéias 4, 1 Acontecerá, no fim dos tempos… 3 Ele será árbitro de numerosas nações e juiz de povos longínquos e poderosos. De suas espadas forjarão arados, e de suas lanças, foices; uma nação não levantará mais a espada contra outra, e não se exercitará mais para a guerra. Quando foi em todos os tempos que os homens fizeram isso, se sempre o que buscaram foi mais armas e sempre mais mortais? Sinal de que um dia virá! Quando? No fim dos tempos! Hoje! Mais…

 

Isaías 2, 2 No fim dos tempos acontecerá que o monte da casa do Senhor…. 4 Ele será o juiz das nações, o governador de muitos povos. De suas espadas forjarão relhas de arados, e de suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra outra, e não se arrastarão mais para a guerra. Quando é que o Senhor foi governador de muitos povos – e se são povos são desta terra – e quando as nações deixaram de se armar umas contra as outras? Sinal de que virá, e virá em breve! Mais…

 

Baruc 2, 33 Ante a lembrança do destino de seus pais que pecaram contra o Senhor, renunciarão às suas obstinações e ao seu perverso proceder. … 35 Com eles estabelecerei eterna aliança; e serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E jamais expulsarei Israel, meu povo, da terra que lhe outorguei. Se Baruc profetizou antes da dispersão do povo judeu entre todas as nações, isso quer dizer que a profecia desta aliança eterna, viria depois disso, quando o Senhor os trouxesse de volta, como inúmeras passagens das Escrituras o atestam, e já aconteceu. Ou seja, esta aliança é para aqui, agora, e nesta terra. Mais…

 

Joel 4, 10 Os vossos arados, transformai-os em espadas,e as vossas foices, em lanças! Mesmo o enfermo diga: Eu sou guerreiro! 11 Depressa, nações! Vinde todas: reuni-vos de toda parte! Ó Senhor, fazei descer ali os vossos valentes! 12 De pé, nações! Subi ao vale de Josafá, porque é ali que vou sentar-me para julgar todos os povos ao redor! Sim, tudo isso acontecerá depois do Juízo Final, que acontecerá no fim destas tribulações e não mas haverá outro Julgamento, porque os povos andarão na justiça, na retidão e nunca mais se revoltarão contra Deus. Mais…

 

2ª Coríntios, 16 Como conciliar o templo de Deus e os ídolos? Porque somos o templo de Deus vivo, como o próprio Deus disse: Eu habitarei e andarei entre eles, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo (Lv 26,11s). 17 Portanto, saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor. Não toqueis no que é impuro, e vos receberei. 18 Serei para vós um Pai e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso (Is 52,11; Jr 31,9). Quando é que um dia o Senhor esteve diretamente e visível em nosso meio. Quando é que viveu no meio de nós como um Pai, de maneira visível? Jamais isso aconteceu, sinal de que virá, e isso deve ser motivo de nossa alegria, de nossa festa, e não de nossas desconfianças. Mais…

 

Jeremias 24, 7 Dar-lhes-ei um coração capaz de conhecer-me e de saber que sou eu o Senhor. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus porque de todo o coração se voltarão a mim. Nunca, até hoje, o coração de toda a humanidade se voltou inteiramente para Deus. Por qual motivo Ele colocaria tantas promessas iguais nas Escrituras, se fosse para não cumpri-las? Povo de Deus é povo que reside na terra, porque no Céu não existem povos nem raças ou nações. E se este povo que restar daqui será um povo de santos, certamente que Deus sim, estará no meio deles, como estava com Adão no Paraíso. Mais..

 

Ezequiel 37, 26 Concluirei com eles uma aliança de paz, um tratado eterno. Eu os plantarei e multiplicá-los-ei. Estabelecerei para sempre o meu santuário entre eles. 27 Minha residência será no meio deles. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 28 E as nações saberão que sou eu, o Senhor, quem santifica Israel, quando o meu santuário se achar constituído para sempre no meio do (meu) povo. Quando é que Deus algum dia já morou em nosso meio, a não ser pela presença espiritual, falo então da presença visível? E Ele diz que este santuário será para sempre, ou seja, nunca mais haverá rebelião, nem jamais Deus se afastará do meio do seu povo. Mais…

 

Isaías 65, 24 Antes mesmo que me chamem, eu lhes responderei; estarão ainda falando e já serão atendidos. Onde, alguma vez isso já aconteceu na terra, de um Deus servindo diretamente o seu povo, não mais de forma invisível como nos 40 anos do deserto, mas sim, agora visível, porque no meio de um povo santo, de uma raça eleita. E como Isaías descreve em todo este capítulo fantástico, nunca mais haverá dor, nem choro, nem lágrimas, nem morte repentina ou prematura, porque não haverá mais morte. Como se poderá dizer que Jesus venceu a morte, se não houver um tempo, ainda na terra, em que isso não mais acontecerá? Mais…

 

Daniel 7, 13 Olhando sempre a visão noturna, vi um ser, semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido. 14 A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e o seu reino jamais será destruído. Isso fecha com chave de ouro e diz tudo. Aqui temos a figura de Jesus, que recebe a chave de Pedro, nosso ancião de muitos anos, e passa Ele a reinar sobre todos os povos, que nunca mais deixarão de andar na luz. E haverá um spo rebanho e um só pastor! Onde? Aqui na terra! Não se trata de algo imaginário, de faz de conta, mas algo real, físico, com belezas extraordinárias e sem fim, que formarão o novo Paraíso, que transformará a terra inteira num jardim. Eis o povo de Deus!

 

Desta forma, e sabendo disso tudo, sabendo que tais maravilhas estão destinadas aos que passarem pela tribulação, aos que lavarem suas vestes no Sangue do Cordeiro, e que por direito conquistarão e herdarão tudo isso, como ter medo? Como não confiar em Deus que nos promete tantas vezes estas delícias, que são destinadas aos que permanecerem fiéis até o fim? Para eles e seus filhos, porque não poderá haver alegria nos pais se junto com eles não sobreviverem os filhos, nem alegria nestes se seus pais faltarem. Deus é fiel e jamais enganou, então a nossa palavra chave é: confiança!

 

Ou seja: o projeto de Deus para o homem, somente será concluído quando acabar em perfeição, porque o homem é a mais bela obra desta criação. Seria um desastre que Deus nos recolhesse a todos desta terra, sem consumar sua obra em perfeição, Céus e Terra unidos num só.

 

E como ensina o nosso Catecismo em 1044: será a morada de Deus entre os homens. Então será aqui nesta terra, sem morte, sem clamor, sem gritos, sem luto! Sim, porque as antigas coisas se foram (Ap 21, 4). Quem confia em Deus vive já esta felicidade!

Arnaldo

 

Fonte: Recados do Aarão

 

Pai de Amor